Condições de saúde

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Infecções de pele

Tipo da Condição: Relacionados a pele

As piodermites são infecções de pele causadas por bactérias e podem ser classificadas em primárias (quando ocorre na pele com aspecto aparentemente normal) e secundárias (quando ocorre em área de lesões preexistentes no local, facilitando a penetração da bactéria).

Em decorrência do comprometimento dos diversos níveis da pele, tem-se quadros distintos; a saber:

                Impetigo: Comprometimento da epiderme

                Ectima: Comprometimento da derme superficial e média

                Celulite / Erisipela: Comprometimento da derme profunda

                Foliculite / Furúnculo / Antraz: Comprometimento do folículo

                Paroníquia: Comprometimento da unha O tratamento dessas condições consiste em medicamentos tópicos ou sistêmicos, conforme o tipo de infecção, além de medidas para prevenir a recorrência e de educação.

Otite média aguda

Tipo da Condição: Ouvido, Nariz e Garganta

A dor de ouvido é uma queixa bem frequente nos consultórios médicos. A otite média aguda é uma infecção da orelha média, com consequente presença de líquido que preenche o local, podendo gerar dor súbita, saída de secreção pelo ouvido e febre.

Normalmente ocorre após uma infecção de via aérea superior, como um resfriado. Além disso, sabe-se que alguns fatores influenciam na recorrência do quadro, como disfunção anatômica, alergias, tabagismo passivo, refluxo gastroesofágico e o uso de chupetas. A escolha do tratamento medicamentoso se baseia pelo conhecimento sobre os principais agentes etiológicos envolvidos e sempre vem associado ao uso de analgésicos/anti-inflamatório para aliviar os sintomas.

Otite externa

Tipo da Condição: Ouvido, Nariz e Garganta

É uma infecção do canal auditivo externo, causada por bactérias e fungos. Esta condição também é conhecida por “orelha do nadador”, sendo bastante comum em nosso país e ocorre, na grande maioria das vezes, no verão.

O quadro ocorre com mais frequência após banhos de piscina / mar ou após manipular o ouvido com hastes de algodão, retirando a barreira de proteção e permitindo, assim, a entrada de microrganismos na região. É comum que a pessoa sinta dor no ouvido, coceira, sensação de obstrução e diminuição da audição.

A coleta da história clínica e o exame físico são suficientes para fechar o diagnóstico e instituir o tratamento mais adequado.

Amigdalite aguda

Tipo da Condição: Ouvido, Nariz e Garganta

A dor de garganta é um sintoma causado pela inflamação na faringe, nas amígdalas ou na nasofaringe. Os vírus são os grandes vilões, responsáveis por até 80% dos casos. Entre outras etiologias estão as bactérias, processos alérgicos, tabagismo, baixa umidade do ar e o refluxo gastroesofágico.

É muito comum que quadros causados por uma bactéria específica, que provoca a faringoamigdalite estreptocócica levem a pessoa ao consultório médico. Nesses casos, os sintomas mais comuns são dor de garganta de início súbito, ínguas no pescoço e febre. Em geral, não há tosse, coriza, rouquidão ou diarreia.

As complicações desse tipo de infecção são ainda muito prevalentes no Brasil e incluem tanto repercussões imediatas, como sinusites, otites, abscessos, até condições pós infecções, como a febre reumática, a glomerulonefrite e a febre escarlatina. Desse modo, é importante que a pessoa tenha um médico de referência para instituir o antibiótico mais adequado para essa condição e prevenir, assim, doenças mais graves causadas por essa infecção de garganta.

Sinusite aguda

Tipo da Condição: Ouvido, Nariz e Garganta

A rinossinusite é uma consequência de processos virais, bacterianos ou fúngicos e pode estar associada à rinite alérgica, pólipos nasais e disfunção vasomotora da mucosa. A infecção causada por vírus é a mais comum, estimando-se, inclusive, que uma pessoa adulta tenha, em média, dois a cinco resfriados por ano. Destes episódios, aproximadamente 10% evoluem para infecções bacterianas propriamente ditas.

O quadro clínico se caracteriza por edema ao redor dos olhos, halitose, dor à palpação da face, congestão nasal e sensação de secreção que escorre para o fundo da garganta. Na grande maioria dos casos, nenhum exame complementar é necessário, sendo, portanto, reservado para casos específicos (como na suspeita de complicações ou nos casos que são recorrentes e crônicos). Diante dessa condição, o médico de família instituirá o tratamento mais adequado, que envolve corticoides nasais para o controle da rinite, lavagem nasal com solução salina e uso de medicamentos.

Hipotireoidismo

Tipo da Condição: Metabólicos

O hipotireoidismo é uma doença muito comum, que afeta mais mulheres que homens e se torna mais frequente com o passar da idade. A condição se caracteriza pela diminuição da produção e secreção dos hormônios da tireoide.

                De forma geral, as causas do hipotireoidismo são classificadas de acordo com a origem do problema. O hipotireoidismo primário seria quando a disfunção tem origem na própria tireoide. O hipotireoidismo secundário se dá quando a origem do problema está na hipófise e, ainda, o hipotireoidismo terciário, cujo problema residiria na secreção do hormônio liberador de tireotrofina (TRH).

                Os sintomas mais comuns dessa condição são sudorese diminuída, rouquidão, dormências, pele seca, prisão de ventre, ganho de peso, depressão.

                O diagnóstico é feito por meio da dosagem dos hormônios da tireoide no sangue e o tratamento medicamentoso é realizado por meio da reposição do próprio hormônio da tireoide, que está em falta na pessoa com essa condição.                 Na suspeita deste quadro clínico, procure o seu médico de referência para o correto diagnóstico e o tratamento.

Diabetes melito tipo 2

Tipo da Condição: Metabólicos

A DM é uma síndrome caracterizada por níveis persistentemente elevados de açúcar no sangue, seja por problemas na ação da insulina, na fabricação de insulina ou ambas as condições.

Devido ao envelhecimento da população, à crescente prevalência de obesidade e ao sedentarismo e à maior sobrevida dos pacientes, o diabetes está atingindo proporções epidêmicas em todo o mundo. A doença é, inclusive, tão comum que está entre os cinco principais problemas que o Médico de Família e Comunidade mais vê na prática.

Sabe-se que a grande maioria das pessoas permanece sem sintomas por muitos anos e, muitas vezes, o diagnóstico só é feito quando a pessoa já está com alguma complicação da doença. Para que essa realidade mude, é imprescindível ter um médico de família que acompanhe periodicamente a pessoa, de modo a detectar a condição de forma muito mais precoce.

Além disso, o MFC sabe que existem alguns grupos populacionais que tem maior risco para desenvolver a doença e que precisam ser acompanhadas bem de perto. Os grupos é composto por pessoas com: sobrepeso / obesidade, história de diabetes em parentes de 1º grau, hipertensão arterial, dislipidemia, história pessoal de diabetes na gestação, síndrome dos ovários policísticos, acantose nigricans (manchas escuras na pele) e pessoas com doença cardiovascular preexistente. Tenha um médico de referência para estar atento a essa condição e instituir o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.

Colesterol / Triglicerídeos Altos (Dislipidemia)

Tipo da Condição: Metabólicos

A dislipidemia consiste em alterações no metabolismo dos lipídeos, que podem ter repercussões nos níveis de gordura do sangue. Sabe-se que os lipídeos são importantes para absorção de alguns nutrientes, como algumas vitaminas, e também exercem efeito no armazenamento e na produção de energia.

                No entanto, entende-se que o excesso de gorduras no sangue pode se aderir à parede dos vasos sanguíneos, causando entupimento das artérias a longo prazo; só que o colesterol alto, por si, não causa nenhum tipo de sintoma. Nesse sentido, é muito importante que o médico de família esteja atento à história familiar positiva de dislipidemia e aos demais fatores de risco implicados com a condição, como dieta inapropriada, sedentarismo, tabagismo, alguns medicamentos, uso de álcool, pressão alta e outras doenças crônicas.

                Uma vez reconhecida a pessoa que deve ser rastreada para dislipidemia, alguns exames laboratoriais são solicitados, a fim de controlar os níveis de gordura no sangue, com mudança de estilo de vida, sempre que possível, e uso de medicamentos, caso haja necessidade.

Obesidade

Tipo da Condição: Metabólicos

A obesidade é o acúmulo excessivo de gordura corporal, causada por uma ingestão de calorias que supera o gasto do organismo. Tal condição acarreta grandes repercussões à saúde, com perda importante da qualidade de vida e aumento de comorbidades.

                Dentre os problemas de saúde potencialmente associados à obesidade estão alguns tipos de câncer, aterosclerose, infarto cardíaco, derrame, diabetes, gordura no fígado, artrose, apneia obstrutiva do sono.

                 Nesse sentido, é muito importante que mudanças comportamentais sejam incentivadas nas pessoas que estão acima do peso, através de mudança dietética, prática de atividades físicas e terapia comportamental. Além disso, o tratamento da obesidade também pode envolver o uso de medicamentos e de cirurgia bariátrica.

Constipação

Tipo da Condição: Gastrointestinais

A prisão de ventre é a queixa gastrointestinal mais comum na população geral. É um problema mais comum em mulheres, em pessoas não brancas, com mais de 65 anos, que não praticam atividade física e com baixa renda.

Estudos americanos e europeus definiram constipação como uma frequência evacuatória menor que três vezes na semana. Tendo como base as queixas dos pacientes, a constipação pode ser referida como fezes endurecidas, esforço excessivo para evacuar, sensação de evacuação incompleta e até demora excessiva no banheiro.

A constipação primária é chamada de funcional e sua principal causa é a alimentação inadequada (baixo consumo de fibras e de água) e o sedentarismo. Como causas secundárias, alguns medicamentos, doenças metabólicas, problemas neurológicos e anormalidades estruturais do intestino podem ser o motivo da prisão de ventre. É imprescindível que o MFC esteja atento para sinais que poderiam indicar uma doença mais grave, como, por exemplo, constipação de início recente em pessoas acima de 50 anos, anemia, sangramento retal, emagrecimento, febre, dor abdominal intensa e urgência para evacuar. Diante de tais alertas, o médico de família precisará investigar, de forma ainda mais atenta, o que pode estar por trás deste sintoma.

Refluxo gastroesofágico

Tipo da Condição: Gastrointestinais

O principal sintoma da DRGE é a dispepsia, mais conhecida como “má digestão”. A pessoa com essa condição pode se queixar de dor ou desconforto no estômago de forma recorrente. Outras pessoas ainda referem sensação de saciedade precoce, náuseas, vômitos, azia e excessiva eructação.

Sugere-se que a pessoa que sente esses sintomas evite o tabagismo, o sobrepeso, uma alimentação muito rica em gorduras e que também diminua o consumo de café preto e de álcool. Também é válido lembrar que o uso de anti-inflamatórios, muitas vezes consumido sem prescrição médica, pode estar implicado na causa dos sintomas de má digestão. Para os casos que persistirem, mesmo após a mudança do estilo de vida, recomenda-se consulta médica para avaliação mais ampla do quadro clínico e adequado tratamento Constipaçãomedicamentoso.

Dor abdominal

Tipo da Condição: Gastrointestinais

 Dor abdominal é um sintoma muito frequente e pode representar diversas causas. É muito importante que o MFC consiga, na avaliação inicial, identificar quais casos podem ter maior gravidade e conferir risco de vida, daqueles casos que não causarão preocupação.

                Existem duas causas principais para a dor abdominal: as causas funcionais, como a Síndrome do Intestino Irritável e as causas orgânicas, como gastroenterite, infecção urinária, constipação, doença diverticular, cólica biliar, apendicite, esofagite, etc.

                Antes de mais nada, é importante que se saiba se o quadro é agudo ou se tem ocorrido com frequência. Além disso, é imprescindível que, além de uma minuciosa história clínica, o médico realize um exame físico pormenorizado, visto que muitas condições já podem ser identificadas dentro do consultório médico. Para os casos que não são tão claros, o médico de família pode lançar mão de exames laboratoriais e de exames de imagem para, finalmente, entender a origem da dor e instituir o tratamento mais adequado.